O Grupo Parlamentar do PS recomendou ao Governo que avalie a capacidade instalada no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) e que maximize as potencialidades nele instaladas, nomeadamente através da contratação de mais profissionais, informou hoje o partido.
Os parlamentares socialistas eleitos pelo círculo do Porto pedem ao Governo que desenvolva as iniciativas necessárias para assegurar a contratação dos médicos, enfermeiros e restantes profissionais em falta no CHTS.
Em causa estão, segundo os socialistas, “dificuldades em assegurar, em algumas consultas e especialidades médicas, os Tempos Máximos de Resposta Garantida (TMRG)” nos dois hospitais que integram o CHTS, o Hospital Padre Américo, em Penafiel, e o Hospital de São Gonçalo, em Amarante.
Os deputados Hugo Carvalho, Joana Lima, Fernando Jesus e João Torres lembram que a área de influência do CHTS é a região do Vale do Sousa e Baixo Tâmega, cobrindo uma região com cerca de 520 mil habitantes distribuídos por 12 concelhos: Penafiel, Paredes, Castelo de Paiva, Lousada, Felgueiras, Paços de Ferreira, Amarante, Baião, Marco de Canaveses, Celorico de Basto, Cinfães e Resende.
Referem que “o facto de se tratar de uma população bastante dispersa, com um elevado índice de envelhecimento e com um rendimento ‘per capita’ significativamente inferior à média do país justifica uma atenção reforçada à coesão territorial, onde se salienta a centralidade deste centro hospitalar na resposta às necessidades de cuidados de saúde, com a qualidade e a eficiência que a população desta área territorial necessita e tem direito”.
No projeto de resolução, os parlamentares socialistas reconhecem “o esforço realizado nos últimos anos para valorizar o CHTS”, mas consideram que “não obstante estas alterações, continuam a verificar-se na região dificuldades em assegurar, em algumas consultas e especialidades médicas, os Tempos Máximos de Resposta Garantida”.
Os deputados do PS lamentam que em algumas consultas de especialidade “o tempo médio de resposta à primeira consulta hospitalar seja superior a um ano”.
Segundo os socialistas, “as situações mais gravosas são referentes às consultas de especialidade de Pneumologia, com 647 dias de espera, de Otorrinolaringologia, com 470 dias, e de Cirurgia Geral, com 385 dias de espera”.
“Importa referir que estas lacunas existentes são, em muitos casos, minimizadas pelo profissionalismo, dedicação e competências dos recursos humanos deste centro hospitalar”, acrescentam os parlamentares.