O primeiro-ministro revela que o Governo está a trabalhar para criar condições para a atribuição de pensões mais favoráveis para os contribuintes com carreiras longas. Uma revelação de António Costa em entrevista ao Expresso.
“É uma matéria sobre a qual estamos a trabalhar para procurar fazer justiça agora a quem não teve a oportunidade de ter a infância que podia ter tido”, destaca o primeiro-ministro no semanário, numa entrevista que será publicada na íntegra na edição impressa do jornal deste sábado.
António Costa não especifica contudo as medidas que estão a ser negociadas para beneficiar quem tem carreiras contributivas mais longas.
O primeiro-ministro lembra antes as medidas já adoptadas pelo Governo neste âmbito, frisando que procedeu à “eliminação de qualquer tipo de penalização para quem tenha 48 anos de trabalho e o mínimo de 60 anos de idade” e que concedeu “a possibilidade de reforma aos 60 anos para quem tem 46 anos de serviço e tenha começado a descontar aos 15 anos de idade”.
Este é um dos temas fortes do Orçamento do Estado para 2019 que o Governo está a negociar com os parceiros de coligação, Bloco de Esquerda e PCP.
O anúncio do primeiro-ministro surge numa semana em que a Segurança Social começou a pagar a cerca de 1,59 milhões de pensionistas um aumento extraordinário das suas pensões. Estão em causa contribuintes com reformas de valor igual ou inferior a 643,35 euros.
Também este aumento extraordinário abrange “pensionistas com longas carreiras contributivas e valor de pensão baixos”, como sublinhou o ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva.
Fonte: ZAP