O salário que mais está a subir em Portugal é o salário médio líquido do grupo profissional dos “representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, diretores e gestores executivos”, avança o DN.
Divulgado esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o inquérito ao emprego do terceiro trimestre revela que salário médio líquido do grupo profissional dos “representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, diretores e gestores executivos” é o que mais sobe em Portugal.
Segundo os dados, este grupo de trabalhadores passou a ganhar, em média, 1630 euros limpos por mês, cerca do dobro da média nacional, que também subiu para 891 euros mensais.
Além disso, este grupo profissional teve uma atualização salarial (homóloga, face ao terceiro trimestre do ano passado) de 7,1%, o dobro do ritmo da evolução média nacional.
Segundo o Diário de Notícias, este avanço salarial na classe dos representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, diretores e gestores executivos está relacionado com, pelo menos, dois fatores.
De acordo com o Ministério das Finanças (DGAEP), “a 1 de janeiro de 2018 iniciou-se o processo de descongelamento de todas as carreiras da administração pública consagrado no artigo 18.º da Lei do Orçamento do Estado para 2018 que vem permitir alterações obrigatórias de posicionamento remuneratório, progressões e mudanças de nível ou escalão”.
Assim, “os acréscimos remuneratórios decorrentes dos direitos acumulados serão repostos de forma faseada em 2018 e 2019”. Isto significa que, no próximo ano, os salários dos funcionários públicos, sobretudo os que mais ganham, ainda podem influenciar em alta o andamento da média salarial de topo.
O segundo fator prende-se com a eliminação gradual da sobretaxa do IRS, cuja última fase acontece justamente nos salários mais altos.
Há ainda um terceiro fator: enquanto que o emprego por conta de outrem total avançou 2,3% no terceiro trimestre face a igual período de 2017, o escalão salarial dos três mil euros líquidos ou mais engordou mais de 11%, tendo agora mais de 36 mil pessoas.
Fonte: ZAP